"- À beira do rio nascem
violetas ao comprido,
já me vieram dizer
que não queres casar comigo.
- Eu, casar contigo, sim,
Amanhã, por estas horas,
te direi o sim ou não."
- Hoje é o amanhã de ontem
e já cá te vim buscar.
Trago-te um anel de junco
e uma coroa de toucar...
é juncada de violetas,
"há-o-as" roxas e amarelas,
p'ra que as doces borboletas
venham aqui rimar com elas.
Rimam as cores e os cheiros
e é sempre a Primavera
que te desenha sorrisos:
ficas igualzinha a elas!...
Eu, casar contigo, sim,
que me sinto borboleta
p'ra namorar o teu corpo
rescendendo a violeta.
-À beira do corpo nascem
violetas ao comprido,
já me vieram dizer
que já queres casar comigo...
Tens aqui o teu anel
também de juncos tecido
e um belo cinturão
remanescendo a junquilhos.
... Pôs-se o sol, foi-se sorrindo,
deixando mais um casal
embrulhadinho nos cheiros
do quentinho nupcial...
... E agora onde estarão
D. Junquilho e Violeta?
Já me vieram dizer
que "na brasa, de lambreta"...
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