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terça-feira, 9 de dezembro de 2008

Avaliações simplex de cotas...

Às vezes passa-se uma vida à procura da simplicidade (perdida?)... Tome-se uma criança em condição natural (amada e protegida pela "mãe") e surpreendamo-nos com a rapidez e beleza das suas aprendizagens: a gatinhar, andar, correr; a balbuciar, palrar, falar... Disse falar?!... É aí mesmo que quero chegar: não há criança que se não expresse em "poesia", com "metáforas" de descoberta permanente da necessidade de comunicar com quem a rodeia (a ama, claro!) e não há criança que se não revele "cientista": porquê, mas porquê...? Pobre professor-"mãe"! Que canseira tantos porquês e quanta admiração pelas descobertas que essas perguntas anunciam!... A "simplicidade de alma" é, por vezes, "chata" para quem "não está nem aí"!... Tenho revisto na RTP2 algumas conversas com o professor Agostinho da Silva e sinto-me reconciliada com o mundo! Tão perto e tão longe dele, mas... mesmo quando longe - o mesmo emaravilhamento pela "simplicidade" das soluções que apresenta: um adulto devia ser sempre um "sábio". Como ele. Quando eu for grande...

(mais prosaicamente e aqui que ninguém nos ouve: aqueles "sistemas de avaliação" muito complicados, muito complicados, tão complicados que apetece dizer logo "olhe, falou tão bem, que não percebi nada!", só podem estar errados! Continuo fiel ao Chomsky e à sua "Gramática Universal": sistema simples, capaz de explicar todas as línguas conhecidas, mas - claro! - com uma capacidade descritiva dependente ainda e muito e talvez sempre de cada "professor"... O que parece complicado pode ser bem simples... se houver uma "mãe", um "professor", um "sábio", uma "criança" que no-lo apresente com "amor" (ou sentido de "serviço", que é igual...), para sermos felizes (porque precisamos, gostamos, vai ser uma surpresa, nos vai convocar o silêncio ou a linguagem da "poesia", que pode ser um xi-coração bem apertadinho, bem apertadinho, obrigada, amo-te...).
Outra vez prosaicamente e aqui que ninguém nos ouve, aquela questão das "quotas" por mérito para professores, para mulheres em cargos políticos, etc..., parece-me um grande absurdo! Mas pode haver "quotas de mérito", antecipadamente subordinadas a percentagens?!... Então, não há mérito ou está-se a definir o "mérito", complicando e adulterando o que toda e qualquer criança sabe o que é... Mérito não é "mérito", é um somatório de "cargos", de...., 30, 40, os que forem precisos cursos de formação das "CEEs", etc., o que "dá jeito" às "finanças" da "nação"!!!... Porquê "mulheres" na política? São melhores que os homens? Querem esses cargos? Porque não "pretos", "amblíopes" ou outras minorias "silenciosas"? Como cidadã, nunca fui melhor "servida" por mulheres: se às vezes o fui, foi porque quem me "atendeu" estava "ao serviço" e não "a servir-se" de um "cargo"... Não, não gosto destas "quotas": "quotas de cotas")

E agora uma história "exemplar" de professores "cotados" (quotados?):
perante uma tese de mestrado a que tinha dado "Bom", a arguente quis justificar à mestranda o porquê de não atribuição de nota máxima: "O problema principal é que se valeu da sua facilidade de escrita para escrever uma tese que se lê como um livro... vê-se que não demorou tempo, que não analisou o suficiente...". Admirada, a aluna /mestranda/mestre só conseguiu balbuciar: "Mas a Professora quer que lhe traga as 500 páginas iniciais da tese que tenho em casa, onde está feita toda a análise que aqui lhe sintetizei em 100 páginas?!... Foi 1 ano para redigir 500 páginas de análise e mais 1 para sintetizar e simplificar a linguagem, em 100..." Resumindo e concluindo, a tese estava simples, mas não simplex e por isso não entrava nas quotas dos cotas... Sim, que às vezes a gente também se chateia!... Sobre "avaliações simplex" e "quotas de cotas", estamos conversados... Vou arranjar umas ilustrações simples e carinhosas ... Quando eu for grande...

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