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domingo, 28 de setembro de 2008

Dia Mundial do Coração

Tenho por hábito "sonhar" estes dias consagrados no calendário, pelo que não gosto de falar de doenças, preferindo da sua prevenção. Absurdo para muitos, o facto de para aqui trazer o elogio da "inocência" e dos "sentimentos ternos" como fina matéria psicológica de que se tece a saúde do coração! Pois deixem-me "sonhar" e trazer do passado mítico a lição que, para mim, faz todo o sentido. E também terei, eu própria, as minhas razões!
Aproveitei a saída, hoje, com o Diário de Notícias do 1º volume de Histórias da Bíblia, com uma linguagem fácil, acessível e bonita (texto de Paola Parazzoli - traduzido por Ana Natividade e Federico Bertolazzi - e ilustrações de Antonella Abbatiello), para celebrar o "Dia do Coração". Aqui ficam texto e imagem seleccionados.

quinta-feira, 18 de setembro de 2008

A Padeira de Aljubarrota...



Bem diz o poeta: "O mito é o nada que é tudo..."... Hoje, vi o da nossa "Padeira de Aljubarrota" actualizado num dos recorrentes "fait divers" dos jornais diários... Trocam-se os invasores por assaltantes, a pá do forno pelo balde de lixívia e eis um mito de final feliz, viajando mais de 600 anos: se os políticos não sustêm a "horda" de meliantes, há sempre uma Brites à espreita, possessa da justiça do passado, capaz de os suster e advertir... A gente nem sabe como faz, faz!... Confesso que sorri, finalmente. Às vezes vale a pena perceber por que razão o mito não morre e é parente de tanta história tradicional e das tantas que entretecem o nosso quotidiano!...
http://www.correiomanha.pt/noticia.aspx?contentid=6935FE8F-CAC3-4212-8CE9-B68E830EA120&channelid=00000010-0000-0000-0000-000000000010

quinta-feira, 11 de setembro de 2008

O Grito



Há cerca de 20 anos, li um livro de um "etnopsiquiatra", radicado francês mas de origem argelina (cujo nome esqueci), que me marcou indelevelmente.

A curiosidade primeira foi sobre essa disciplina ("etnopsiquiatria") que, percebi depois, estudava a recorrência de certas doenças psíquicas em determinadas sociedades. Com efeito, no Ocidente, a depressão e outras doenças a ela associadas eram recorrentes e pareciam provir da própria tessitura social e dá um exemplo: um conjunto de estudantes magrebinos, deslocados para Paris para estudar na Universidade, fica na maior parte doente com depressões enquanto aí permanece e, ao regressar à sociedade de origem, perde todos os sintomas.

O curioso é que essas manifestações psíquicas eram totalmente desconhecidas nessa sociedade, onde o grupo / tribo era coeso e com regras culturais bem definidas, tempos de trabalho e lazer insertos num calendário fixo e onde cada um era corresponsável pela vida de cada membro do grupo social.

A ver se encontro mais informação sobre o assunto. De facto, parecemos importar doenças, da mesma forma que importamos víveres, hábitos, estilos de vida, valorações sociais... A "solidão em comum" é um "sapo difícil de engolir" e a obediência cega às convenções sociais paga-se da mesma forma que a desobediência aos códigos. E depois... há o Amor, o Perdão, a Partilha ou o ódio, a vingança e a inveja... E as "injustiças sociais" (alicerçadas nestes sentimentos destrutivos) são, com efeito, um enorme foco de doenças "de alma" (psíquicas ou fisicamente somatizadas)...


Muito interessante o artigo de João Rodrigues, que copiei para http://mluisaan.hi5.com/

YouTube - mluisaan's Favorites

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terça-feira, 9 de setembro de 2008

Os Clássicos (Rudolf Nureyev e Marretas... por hoje...)


Pois é! Hoje acordei com muitas saudades do Rudolf Nureyev e descobri que ainda não o referira em lado nenhum, quando foi - durante toda a minha adolescência - e continua a ser uma referência vital de Beleza na minha vida. Como sempre acontece com alguém que nos marca profundamente, sentimos sempre muito, muito poucochinho tudo o que tentamos dizer sobre ele... O Nureyev era um clássico, para mim: beleza esculpida no tempo em cada músculo e em cada movimento... um atleta, um voo, um salto, um volteio... Se Picasso tem o touro no porte, Nureyev tem um cavalo : um masculino de garbo e raça, capaz, contudo, do olhar mais terno e do humor mais traquinas. Descobri o Nureyev em dois momentos, que me são particularmente gratos: no primeiro, a orquestra dos marretas toca um minuete, que dancei nos bons velhos tempos das festas do colégio onde estudei (logo "brincado" pela mesma orquestra em hardrock: um mimo...); no segundo, um "pas de deux" do "Lago dos Cisnes", entre Nureyev e Miss Piggi, absolutamente irresistível!
Como não agradecer aos artistas todo o amor que nos dão, por serem - tão só - aquilo que se são para nós?!... Uma ternura, estes Clássicos!

http://www.youtube.com/watch?v=zQVoBaw1A

http://www.youtube.com/watch?v=n73-BPvC62